Você sabe que eu gosto de contar estórias para ilustrar aquilo que eu quero passar para você. Como hoje vou falar sobre geração de valor e memorabilidade, vou contar uma estorinha antes de entrar direto nesse tema.
O letreiro da empresa não gera valor
No alto do prédio da empresa Engenharia S/A, desde a data da sua inauguração, havia um belo letreiro luminoso.
Com o fundo branco e a logomarca da empresa estampada nele, o letreiro podia ser visto de longe tanto de dia como de noite, graças ao poderoso sistema de holofotes instalado para esse fim.
Além de bonito, era também um motivo de orgulho para o fundador da empresa, o sr. Nélson.
Só que tinha um porém: custava caro manter o dito cujo! Periodicamente era preciso desembolsar milhares de reais em manutenção para manter o totem bonito e funcionando.
Uma grana alta era paga para bancar a energia elétrica da iluminação noturna. Mais os gastos para mantê-lo limpo e reparar os estragos provocados pelo sol, pelas chuvas e ventos. Sem falar no fato do acesso a ele ser difícil e por isso era necessário contratar pessoal especializado no trabalho em lugares altos e ainda contar com o apoio de um guindaste para a tarefa.
Após algum tempo (e uma pequena fortuna gasta em manutenção), a diretoria da empresa começou a questionar-se fortemente sobre a real necessidade de ter o letreiro lá em cima. Seu Nélson queria por que queria manter o letreiro.
“Mas patrão” – refletiu um dos diretores – “como é que esse letreiro produz valor para aqueles que são a causa de nossa empresa existir, ou seja, os nossos clientes? Como é que eles se beneficiam com esse totem? Em nada! Para eles não faz a menor diferença se temos um letreiro em cima do nosso prédio ou não…”
Diante desse argumento, mesmo contrariado, o sr. Nélson concordou em acabar de vez com o seu querido letreiro.
Moral da história: gerar valor
A pergunta chave aqui é: se não há geração de valor, para que serve?
Gera-se valor quando se torna a vida das pessoas um pouco melhor.
Um dos ingredientes do sucesso é a geração de valor.
Tenho certeza que você conhece um tipo muito pitoresco. São os indivíduos que, quer seja em ambientes profissionais ou não:
- estão totalmente preocupados com as aparências;
- querem atrair os holofotes para eles;
- clamam as atenções para si mesmos;
- só buscam serem admirados pelas pessoas.
E se limitam a isso… Acabam “causando” (como se diz aqui em Piracicaba) mas no fundo não entregam valor algum para os demais.
Essa é uma tática péssima no longo prazo. O gasto de energia pessoal (para manter esse estado das coisas) é enorme. Em breve essas pessoas começam a serem questionadas:qual é o valor que elas estão entregando?… Aí a casa cai…
O jeito certo de gerar valor
Gerar valor está intimamente ligado com ser lembrado. As pessoas se lembram de quem torna suas vidas mais fáceis.
Garanta que seu foco está em servir seus “clientes” (sua família, seus amigos, grupos, seus empregadores, seus fregueses, seus parceiros e a sociedade de modo geral), tornando a vida deles mais fácil.
Como dizia sir Robert Baden-Powell (fundador do movimento escoteiro): “Temos que ser úteis aos demais”. Isso sim é gerar valor!
Como profissionais estamos sempre “vendendo” algo. Devemos manter em mente que as pessoas só pagam para terem nosso produto ou serviço se elas julgarem que isso vai fazer suas vidas melhores (vão receber valor). Deve haver a percepção de que o valor recebido é muito maior do que o dinheiro pago por ele. Se fizer isso, você será sempre lembrado.
Em suma, essa é a tática correta que nos tornará conhecidos e memoráveis, e sem nenhuma necessidade de usarmos um letreiro luminoso para anunciarmos o fato.
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Bem, era isso que eu queria passar para você hoje. Agora é com você.
Me diga: você já se tornou memorável do jeito certo? O que falta? Escreva seus comentários no espaço abaixo e registre sua opinião.
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