De vez em quando você tem que parar. Sim, parar para melhorar. Parar para evoluir. Praticar um “ócio produtivo”. Pode parecer que você não está fazendo nada. Mas você está.

Uma estória de lenhadores

Numa vila de lenhadores havia um homem, já em torno de seus 70 anos, que era considerado por todos como o melhor e mais produtivo lenhador das redondezas.

Um jovem lenhador, com uns poucos anos de profissão, sentiu-se incomodado com a fama do famoso ancião. Pensando ser mais forte e mais robusto, desafiou o homem para uma competição de corte de árvores.

Chegado o dia marcado, bem cedo, o velho e o jovem se encontraram para a prova. Um grande número de pessoas apareceu para acompanhar.

As regras eram simples. Cada competidor teria até o pôr-do-sol para trabalhar no corte de suas árvores. Ao fim do dia, aquele que tivesse cortado mais árvores, seria declarado o melhor lenhador de todos.

Começado o embate, o jovem lenhador saiu claramente na dianteira da competição. Golpe após golpe, sua pilha de troncos crescia a olhos vistos.

De vez em quando ele olhava para os lados em que o velho lenhador estava trabalhando, para tentar ver como ele estava se saindo. Quase sempre ele via o ancião sentado num tronco.

“Coitado!” – pensou ele – “Já não tem forças para esse trabalho. Mal consegue ficar em pé! Vai ser moleza!”

E continuou derrubando árvore após árvore com toda a energia possível. De vez em quando, ele olhava com curiosidade para ver como o velho lenhador estava se saindo. E quase sempre via a mesma coisa: o homem ficava lá, sentado.

Chegado o fim do dia, acaba-se a prova.

Diante do jovem estava um grande monte de troncos de madeira.

Porém, diante do velho lenhador estava uma pilha no mínimo quatro vezes maior!

– Mas como é possível! – exclamou o jovem, indignado – Todas as vezes que eu olhava pra cá ao longo do dia eu via você sentado sem fazer nada! Como é possível que você tenha conseguido cortar muito mais árvores do que eu?

– Simples, meu jovem. Todas as vezes que você me via sentado eu estava na verdade afiando o meu machado. Foi esse simples cuidado que me permitiu trabalhar com muito menos esforço e com muito mais resultado do que você.

Moral da estória

Conseguiu perceber como é inteligente parar para “afiar” a ferramenta? Senão ela vai ficar sem corte e muito difícil de ser manejada.

Por isso você deve reservar tempo para se aperfeiçoar na sua profissão, na sua espiritualidade (o que quer que isso signifique para você), na sua liderança e no seu relacionamento com as pessoas.

Bons meios para isso são o estudo, a leitura, cursos, workshops, troca de experiências etc.

E aí? Tá precisando afiar a ferramenta? Quando foi a última vez que você deu um trato em você mesmo?

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Sobre o Autor

Antonio Albiero
Antonio Albiero

Antonio Albiero é Mentoterapeuta Integrativo, Engenheiro e Educador. Atua na indústria há 30 anos e há mais de uma década tratando, mentorando evoluindo e desenvolvendo pessoas.