Como engenheiro, sempre fui fascinado pela história das grandes invenções, especialmente se puder tirar delas uma lição útil para a minha vida pessoal. É o caso da história da criação da lâmpada elétrica. A lição a ser aprendida? É a de que a flexibilidade perante os resultados é que faz a diferença entre o “fracasso” e o “sucesso”.
A história da criação da lâmpada elétrica
O time de pesquisadores de Thomas Edison trabalhou entre 1878 e 1880 para construir uma lâmpada elétrica. Até então, a iluminação noturna das casas e das vias públicas era feita com base em óleos (vegetal ou animal), gás e velas de sebo ou parafina.
Após mais de 1000 tentativas frustradas, centenas de protótipos falhos e fracassos seguidos na utilização de dezenas de materiais diferentes, tudo indicava ser impossível chegar a uma solução coerente para gerar luz a partir da eletricidade. Mesmo com esse caminho pedregoso, a pesquisa prosseguiu graças à determinação de Edison em atingir seu objetivo.
Ele usou de grande flexibilidade ao encarar seus resultados até então aparentemente desanimadores. Ao ser perguntado sobre os maus resultados obtidos até o momento, a sua resposta padrão era mais ou menos a seguinte: “Foi um sucesso! Descobrimos mais uma forma de como não fazer uma lâmpada elétrica”.
Segundo consta, foram necessárias aproximadamente 3000 tentativas para a equipe finalmente construir uma lâmpada elétrica comercializável. Ou seja, milhares de fracassos antes de chegar ao sucesso.
Resultados. Só existem resultados.
O que você pode aprender com essa história? Aprenda que a flexibilidade consiste em saber que sucesso e fracasso NÃO existem. Edison encarava cada tentativa frustrada como um resultado válido, uma informação importante para chegar ao objetivo desejado. A equipe foi aprendendo e ajustando o que fazia até chegar ao objetivo final. E olhe que foram milhares de “maus” resultados!
Você mesmo já deve ter ouvido histórias de pessoas que mesmo tendo vários fracassos em empreendimentos, estudos, aventuras etc deram a volta por cima e conseguiram atingir o objetivo delas.
Você consegue perceber que um resultado por si só não é nem bom e nem mau? Os resultados são rotulados como positivos, negativos, satisfatórios, aceitáveis e não aceitáveis… tudo depende de como eles nos aproximam ou nos afastam de nossos objetivos.
O ponto mais importante que eu quero fazer neste artigo é o seguinte:
O ciclo virtuoso – conheça o PDCA
Existe uma excelente ferramenta usada pela área da Qualidade das grandes empresas há anos e que também podemos adotar em nossa vida diária. Trata-se da ferramenta PDCA (a sigla em inglês para PLAN – DO – CHECK – ADJUST, isto é, Planejar – Fazer – Verificar – Ajustar).
Inspire-se na atitude vitoriosa da equipe de Edison. Note que foram exatamente esses os passos adotados por eles: eles planejavam o que iam fazer, faziam, verificavam os resultados obtidos (o que funcionou e o que não funcionou), faziam os ajustes necessários e repetiam. Faça você também da mesma maneira.
Mude as ações, aprenda com os seus erros e seus resultados mudarão. Note na figura acima que o PDCA forma uma espiral ascendente que nos eleva e nos aproxima cada vez mais dos resultados que queremos. A cada volta do ciclo chegaremos mais além do ponto de partida.
Use essa ferramenta e abra espaço para a flexibilidade em sua vida. Desta forma o “fracasso” será apenas mais uma possibilidade, que será estudada, avaliada e contemplada no planejamento dos próximos passos até o atingimento de seus objetivos.
Alguns exemplos práticos para sua reflexão
- Você é gordo ou o seu excesso de peso é resultado de suas ações?
- Você é mau aluno ou suas notas baixas na faculdade são resultados de suas estratégias de estudo?
- Você é mal remunerado ou aquilo que você recebe é resultado do que você faz ou de sua preparação?
- Você é mal relacionado ou seus relacionamentos são resultados de suas ações e comportamentos?
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[…] Edison cometeu mais de 1000 erros no processo de inventar a lâmpada elétrica. Leia mais neste outro de meus artigos. Edison aprendia com os erros e crescia com seus […]
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