Hoje quero dar a você uma sacada poderosa, que vai contribuir para o seu auto-conhecimento e terá uma utilidade prática imediata. Vamos entender melhor os efeitos de nossas emoções no nosso dia-a-dia e como colaborar com elas de maneira positiva. Topa? Então continue lendo.
Se eu te perguntasse o que é uma emoção, qual seria a SUA resposta? Como você está de controle emocional?
Pense um pouco antes de continuar a leitura.
Penso eu que para essa pergunta, existem tantas respostas quanto seres humanos na face da terra. Porém o que a ciência e as pesquisas feitas nos últimos anos tem contribuído para esclarecer mais e mais essa questão? É sobre isso que eu quero falar neste artigo.
1. Emoções não estão sob nosso controle consciente direto.
As emoções são fenômenos primitivos de nosso cérebro e temos muito pouco controle sobre como elas aparecem e surgem em nós. Pense em emoções como, por exemplo, o medo e a raiva.
Ninguém planeja ter uma emoção dessas. “Hoje, ás três horas da tarde eu vou sentir medo. De noite eu vou ficar com raiva quando chegar em casa”. Isso não acontece assim. As emoções surgem inesperadamente diante das circunstãncias.
2. As emoções não são uma experiência meramente cerebral.
Todo o nosso corpo é envolvido pelas emoções. São muito conhecidos o frio no estômago, suor, pernas trêmulas e expressões faciais, entre outras participações do corpo, em virtude da emoção que se está sentindo no momento. A emoção não é uma experiência só da cabeça.
3. Do ponto de vista científico, as emoções não são apenas um sentimento.
A sequência para se gerar uma emoção foi estuda por diversos pesquisadores que chegaram no esquema abaixo:
CIRCUNSTÂNCIA -> INTERPRETAÇÃO -> REAÇÕES CORPORAIS -> RESPOSTA
As circunstâncias são continuamente interpretadas por nossos cérebros. Imagine o seguinte cenário: é noite e uma pessoa vem com uma das mãos na parte da frente da cintura ao seu encontro no sentido contrário da rua. Como você interpreta esta situação? Como mais um pedestre como você ou como um assaltante em potencial?
Calma! É só o João da Silva que está indo apressado pra casa dele para assistir o jogo do timão! Mas o que vale é como o seu cérebro interpretou a cena. Se ele entendeu “assaltante”, já era!
Baseado na interpretação do cérebro na situação acima, seu corpo já teve uma reação: “frio na barriga”, pupilas dilatadas, descarga de adrenalina, expressão facial, tom do voz alterado. Essa é a experiência corporal do medo.
5. Respostas possíveis a uma emoção
Sempre que estamos sentindo uma emoção ela vai obrigatoriamente invocar uma de duas respostas possíveis:
a) Se for negativa, você quer que ela passe o quanto antes, que termine logo (desprazer).
b) Se for positiva, você quer mais dessa emoção, quer prolongá-la (prazer).
Como responder de maneira mais inteligente?
No esquema que eu mostrei acima, a única área em que não temos controle é a resposta primitiva e inconsciente de nosso corpo às emoções.
Tente os seguintes experimentos:
Escolha uma situação que tem causado desprazer a você e procure olhar a circunstância por outro ângulo (a técnica do reframing utilizada no processo de coaching é muito eficaz). Se foi provocada por outra pessoa, qual a intenção positiva por trás da atitude dessa pessoa? Qual a lição de vida que você pode tirar dessa situação? Um antigo gerente costumava me dizer: “quando a situação estiver uma m**da, olhe ao seu redor, tem sempre alguém pior do que você”. E é verdade. Ao trabalhar numa nova visão da situação a resposta a ela naturalmete mudará.
A outra possibilidade, nem sempre possível, mas factível, é mudar a própria circunstância em si! Quem controla o gatilho, controla a arma. Pergunte-se: como você pode mudar a situação a médio e longo prazo? Que pequenos passos você pode dar nas próximas semanas para transformar a situação?
E aí? Como você pretende usar este conhecimento simples, mas poderoso, na sua vida?
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2 Comentários
[…] gratidão é uma emoção, e como tal envolve mente e corpo (leia também meu artigo sobre controle emocional). Surge diante um benefício, um auxílio ou um favor recebido. Em um sentido mais amplo é o […]
[…] escrevi um artigo anteriormente sobre o controle emocional. Não deixe de […]